PESQUISA: 38 trabalhos dentro da Vera Cruz publicados pela Embrapa Cerrados, UFG e UNESP

O incentivo entre parcerias envolvendo instituições públicas, acadêmicas e o setor privado impulsiona o maior número de pesquisas relacionadas ao melhoramento genético animal e acelera o desenvolvimento da pecuária nacional. Ciente disso, o Nelore Vera Cruz buscou investir em pesquisas como ferramenta para produção e identificação de animais mais rentáveis, e, para tal, desde 2009 já faz desafio para precocidade sexual em fêmeas e, atualmente, é um dos rebanhos referência do Programa Nelore Brasil (ANCP) para esta característica.

Parceira de instituições de pesquisa como a Embrapa Cerrados e de ensino como a Universidade Federal de Goiás e a Universidade Estadual Paulista, o Nelore Vera Cruz entra no ano de 2020 com a marca de mais de 38 trabalhos publicados em congressos científicos de renome nacional e internacional na área de produção animal e melhoramento genético, como o Congresso Brasileiro de Zootecnia, Reunião da Sociedade Brasileira de Zootecnia e o Simpósio Brasileiro de Melhoramento Animal. Os resultados das pesquisas, por sua vez, respaldam o programa de seleção do Nelore Vera Cruz. Os frutos da pesquisa Vera Cruz foram publicados, inclusive, em revista científicas em países como Austrália, país considerado como um dos mais eficientes na produção de carne de valor agregado de maneira intensiva, sendo o segundo país na linha de faturamento econômico devido ao elevado padrão de qualidade da carne exportada.

Nas pesquisas conduzidas pela zootecnista Ludmilla Brunes (Doutoranda UFG/Embrapa/ANCP) e orientadas pelo Pesquisador Cláudio Magnabosco (Embrapa Cerrados) e o Professor Fernando Sebastian Baldi (UNESP), foi avaliado o impacto genético e produtivo da seleção para precocidade sexual e também o que faz uma novilha precoce. A zootecnista Ludmilla afirma que “com os resultados obtidos, vimos que caiu por terra conceitos populares como Nelore tardio e efeito negativo na taxa de reconcepção, desempenho reprodutivo e habilidade materna de fêmeas precoces. Ficou comprovado: novilha Nelore consegue emprenhar aos 12 meses, parir aos 21 e parir novamente aos 31, desmamando bezerros tão ou mais pesados que matrizes convencionais. Por outro lado, confirmamos que a redução do intervalo de geração impulsiona o progresso genético, conseguindo valores de ganho genético acima de 200% a mais com a utilização de animais jovens. É a chancela científica do resultado de um trabalho de seleção bem conduzido! Os resultados obtidos nos projetos de pesquisa utilizando a base de dados de campo do Nelore Vera Cruz confirmam a seriedade com a qual o programa de seleção é conduzido e o efeito positivo da utilização da genética Vera Cruz.

A precocidade sexual foi apenas um dos alvos de pesquisa do Nelore Vera Cruz. Atualmente, animais Vera Cruz fazem parte de um macroprojeto da Embrapa no qual estão sendo realizadas a predição genômica e a identificação de marcadores moleculares para eficiência, sendo avaliadas características como: consumo alimentar residual, ganho em peso residual, consumo e ganho em peso residual, com o objetivo de identificar animais que favorecem a redução do custo da arroba produzida. Outro avanço da Vera Cruz é a formação de um plantel comercial oriundo do rebanho P.O. filhos de reprodutores Vera Cruz, para avaliação de características de qualidade de carne e carcaça pós-abate. Essa nova tendência vai de encontro ao comportamento de mercado adotado por grandes produtores de carne: tecnificação exigida para produzir um bezerro que vai gerar um reprodutor de qualidade ou um boi de carcaça prime. 

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